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Comercial de livros
Série Como se faz um livro
O departamento comercial de uma editora é responsável pela distribuição e venda dos livros. É onde a corda arrebenta – ou se fortalece. Às vezes, um livro em que se aposta muito não tem bom desempenho de vendas. Outras, um livro inesperado se torna bestseller. É bom lembrar que Carla Madeira e Itamar Vieira Jr. não nasceram bestsellers, tornaram-se. Todo mundo começa, um dia, “pequenininho”.
Convidamos Cláudio Lima, gerente de vendas do Grupo Editorial Alta Books, para narrar um pouco dessa história do seu ponto de vista. A entrevista é a penúltima da série Como se faz um livro, da Oasys Cultural.
O que faz o departamento comercial de uma editora?
Cláudio Lima: O departamento comercial é o motor das vendas e da distribuição dos livros. Temos diversas atribuições desde a construção e a manutenção do relacionamento com livrarias e distribuidores, passando pelo recebimento de pedidos, gerenciamento de estoques, controle das entregas, análises de dados e de desempenhos de vendas, enfim... Aqui a gente não para.
Como se define o “potencial de venda” de um livro?
C: Essa é uma questão bem abrangente. Podemos pensar se o tema do livro é popular e relevante para o público-alvo, se o gênero literário tem boa aceitação no mercado, se o livro está bem escrito, se a história é envolvente e prende a atenção do leitor, se o autor é conhecido, se o formato do livro é compatível com o público-alvo, se a edição está bem cuidada, se a revisão foi bem feita, se o momento para a publicação do livro é oportuno, se o tema do livro se encaixa em alguma tendência ou necessidade atual.
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“Livro bom é o que vende”. Você concorda com essa afirmação? Por quê?
C: Sim. Do ponto de vista do departamento comercial, livro bom é o que vende porque boas vendas são cruciais para o sucesso de uma editora.
É verdade que as livrarias escolhem os livros que desejam ter em suas bancadas? E que as editoras não têm o poder de “colocar o livro na livraria” como os autores imaginam – e costumam reclamar?
C: Percebo que em geral as livrarias montam seus catálogos com base nas preferências de seu público-alvo ou circulante, apostas em tendências e oportunidades, listas dos mais vendidos. Cada uma faz de um jeito ou de vários jeitos. Infelizmente, por conta do espaço físico, em muitos casos não dá para as livrarias terem todos os livros que desejam e que desejamos ao mesmo tempo. Talvez isso gere as tais reclamações.
Quais são os outros canais de venda operados pelo departamento comercial de uma editora?
C: Além das livrarias e dos distribuidores, existem as feiras de livros, os pontos de vendas em eventos, lojas virtuais, marketplaces, clubes de livros...
Livros de ficção são mais difíceis de vender? Por quê?
C: Não que sejam mais difíceis de vender do que outros. Talvez, pensando na leitura como entretenimento, haja mais concorrência com outras fontes de lazer.
O que recomenda aos escritores que estão chegando agora no mercado, no que diz respeito a vender seus livros?
C: Acreditem em si mesmos e no seu trabalho, divulguem muito, o tempo todo, para todos e sejam pacientes. Não desistam dos seus sonhos!
Claudio Lima é gerente comercial do Grupo Editorial Alta Books, apaixonado por livros, pai do Gabriel, avô da Clara.
Prêmio Amazon de Literatura Jovem
A 2ª edição do Prêmio Amazon de Literatura Jovem está com inscrições abertas até 31 de dezembro de 2024. Para concorrer, é necessário ter um texto inédito e publicá-lo em formato Ebook na plataforma Kindle Direct Publishing (KDP) da Amazon. Os jurados serão os escritores Thalita Rebouças, Pedro Rhuas e Alec Costa. O(a) vencedor(a) receberá o valor de R$ 35 mil e terá sua obra publicada em versão impressa pelo novo selo Pitaya da HP Brasil. O resultado será anunciado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2025. Inscrições aqui.
Programa de apoio à tradução de livros brasileiros no exterior
O Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, edição 2024, da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), está com inscrições abertas até 6 de outubro. O valor disponível aumentou para R$ 1 milhão de reais e essa ajuda de custo é fundamental para que editoras estrangeiras se sintam motivadas a publicar escritores brasileiros em seu país. Para se candidatar, a editora no estrangeiro, interessada em publicar um livro de autor(a) brasileiro(a), deve se inscrever no programa e solicitar a bolsa. As inscrições só podem ser feitas pelo e-mail translation@bn.gov.br. Edital e o regulamento aqui.
Em 2020, o romance “Lorde”, de João Gilberto Noll – escritor cuja obra é agenciada pela Oasys Cultural –, ganhou o Prêmio Jabuti, Livro Brasileiro Publicado no Exterior. A versão em inglês foi publicada nos Estados Unidos pela Two Lines Press, que contou com o apoio do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior da Fundação Biblioteca Nacional.
Conversa esclarecedora às vésperas das eleições para prefeito
No dia 6 de outubro, brasileiros de 5.570 municípios brasileiros irão às urnas escolher novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Uma semana antes, a Livraria Cabeceira (SP) abriga o evento "Só os loucos não acreditaram – Pós-verdade, fake news e teorias conspiratórias" com Januária Cristina Alves, do grupo de pesquisa Jornalismo, Direito e Liberdade da Escola de Comunicações e Artes e do Instituto de Estudos Avançados da USP, e Alexandre Gossn, pesquisador de Autoritarismos Contemporâneos no Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra/Portugal. Boa oportunidade para clarear as ideias e fazer a coisa certa.
📅 28 de setembro, sábado, 16h
📍 Livraria Cabeceira – Praça Alfredo Weiszflog, 38, Vila Romana (SP) @livrariacabeceira
Escritores da Oasys
Conheça Decio Zylbersztajn:
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Como se faz um livro
Perdeu as outras entrevistas da séria Como se faz um livro?
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Até a próxima!
Com carinho,
Valéria Martins | Agente Literária da Oasys Cultural
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