Em um mundo assolado por verborragia e informações, como guardar as boas ideias que surgem de repente, e que poderiam dar origem a um bom conto, poesia ou romance? Não há outro jeito senão andar com caderninho e caneta nos bolsos. Anotar no bloco de notas no celular também vale, mas este instrumento, o celular, tem tantos apelativos que é saudável manter certa distância dele, e usá-lo para o estrito necessário.
Caneta e papel, matéria-prima da escrita desde que os homens deixaram as cavernas, são mais legais.
A escritora infantiljuvenil Stella Maris Rezende, vencedora de quatro Prêmios Jabuti, inclusive Melhor Livro do Ano Ficção 2012, com “A mocinha do mercado central” (Ed. Global), carrega consigo um caderninho e vai anotando as ideias. Quando precisa iniciar um novo livro, abre aleatoriamente o caderno e fisga uma das ideias. Sai escrevendo sobre ela e “sente” quando tem alma, quando a coisa “pega”. Se não avança, é porque não era para ser e deixa pra lá. Escolhe, então, outra ideia.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa tem um caderno onde anota seus sonhos. Ele sonha muito. Seu livro de maior sucesso no Brasil, “O vendedor de passados”, sobre um homem que vende passados honrosos a pessoas nem tanto, nasceu de um sonho exatamente sobre esse tema. Agualusa escreveu um conto, publicou no jornal onde era colunista, o texto teve tantos comentários positivos que ele pensou: “isso pode render mais”, e o transformou em romance.
Atualmente todo mundo sofre de amnésia. É fácil esquecer. Guarde a matéria-prima dos seus escritos com muito cuidado e carinho.
Conto “A tecelã”, de Valéria Martins, na São Paulo Review
O conto "A tecelã", do livro "O lugar das palavras" (Ed. 7Letras), de Valéria Martins, foi publicado na prestigiosa revista de literatura e arte São Paulo Review. Para ler o cono completo, acesse aqui. A revista é aberta e a leitura, gratuita.
O livro se encontra à venda nas livrarias Argumento Leblon, Travessa e Janela, nas livrarias online ou diretamente com a Valéria, autografado. Boa leitura.
Podcast – Sérgio Vaz, poeta-herói
Se existe alguém que entende de formação de leitores em classes menos favorecidas, essa pessoa é o poeta e empreendedor cultural Sérgio Vaz, criador do Sarau Coperifa, que toda semana reúne poetas e escritores consagrados na periferia de São Paulo. Trabalho de um herói! Nesta conversa, Sérgio também fala sobre o seu novo livro, “Flores da batalha”, recém-lançado pela Ed. Global.
Por dentro de Rita Hayworth - Lançamento do livro
Neste sábado, 22 de julho, 15h, haverá o pré-lançamento virtual do novo livro do escritor, professor, músico e poeta pernambucano Marcos Alexandre Faber no canal da Oasys Cultural no Youtube. Ele encantou o público com o romance “A leitora de poesia” (Ed. Reformatório, 2020) e volta a assumir uma voz feminina para narrar os pensamentos de Rita Hayworth. Não a atriz de Hollywood (1918-1987), ou melhor, não apenas ela, mas também a mulher eternizada em um pôster na parede da cela de Andy Dufresne (interpretado por Tim Robbins) retratada no filme “Um sonho de liberdade” (1994).
As artistas visuais, arquitetas e professoras Katja Plotz Fróis e Maria do Carmo Nino vão conversar com o autor e o público é convidado a participar. Evento online gratuito, basta clicar e entrar. Esperamos vocês.
Para entender quanto custa um livro
O livro é mesmo caro no Brasil? Depois da polêmica levantada por Felipe Neto, influenciador digital, sobre os altos preços de um livro, o portal PublishNews fez uma matéria apontando o que está por trás dos preços dos livros.
Leia a matéria na íntegra aqui.
Poetas contemporâneas para conhecer
Selecionamos nove (9) mulheres poetas que vem produzindo poesias de alta qualidade e tendo seu trabalho reconhecido em todas as esferas da Literatura Brasileira através de prêmios e traduções para o exterior. Clique na imagem para conhecê-las
Escritores da Oasys
Conheça Vanessa Malagó e suas obras:
Me conta, o que mais você quer ver por aqui?
Até a próxima!
Com carinho,
Valéria Martins | Agente Literária da Oasys Cultural