A primeira vez foi no ano em que eu me separei e perdi o emprego quase ao mesmo tempo, pá-pum. Foi devastador, mas também houve coisas boas. No fim do ano, experimentei fazer duas listas, uma com as coisas ruins e outra com as coisas boas que haviam passado.
Para minha surpresa, as coisas boas suplantavam as ruins. Eram muito mais. Inúmeras. As ruins permaneciam estáticas com seu peso de mudanças. As boas pululavam e instigavam a esperança de que seria assim no ano vindouro, como foi.
Proponho fazer o mesmo. Podem ser duas colunas. Uma com as coisas achadas “ruins”, outra com as boas. Feito isso, é hora de agradecer tudo de bom que recebeu.
Segunda etapa: suas intenções para 2023. Dentre elas, já que estamos na Oasys Cultural, planejar sua vida de escritora ou escritor.
Vamos lá:
Terminar o livro que está escrevendo – lembrando que um livro necessita de pelo menos cinco leituras do próprio autor, deixando o texto “dormir” entre elas, com o propósito de aperfeiçoá-lo e cortar excessos.
Escolher dois ou três “leitores-beta” para compartilhar seu texto e ver o que eles tem a dizer – devem ser pessoas amigas que não compitam (do verbo competir) com você. E precisam ser LEITORES, ou seja, acostumados a ler livros, um atrás do outro.
Publicar seu livro – Fazer uma consulta com a agente literária para ouvir dela um feedback do ponto de vista do mercado editorial, entender como este funciona e ter um plano de trabalho para realizar seu intento.
Iniciar a escrita de um novo projeto – lembrando que é impossível ser bom escritor ou escritora sem, antes, ser bom leitor ou leitora. Escolher bem o que vai ler. Inteirar-se do que é publicado no Brasil. Ler escritores vivos da Literatura Brasileira Contemporânea, além dos clássicos.
A Oasys Cultural deseja um Feliz Natal e que o Ano Novo seja muito melhor. Será, sim. Tudo vai dar certo.
Homenagem
Querida Nélida
Ela sempre elogiou a Oasys Cultural, incentivou e celebrou nossos ganhos.
Nosso último encontro foi na Festa Literária de Santa Maria Madalena antes da pandemia. Fomos tomar café da manhã com ela na pousada em que se hospedava, fora da cidade, um lugar de natureza muito bonito. Nélida já não enxergava e nem andava bem. Precisou de ajuda para caminhar até o carro que a levaria de volta ao Rio de Janeiro. Mesmo assim, conversou com a gente com a alegria e vivacidade que lhe eram características.
Da palestra que ouvi, numa Bienal do Livro perdida no tempo, lembro dela contar como foi difícil, na juventude, ser levada a sério como escritora.
“Eu nunca fiz concessões. Nunca moldei a minha escrita para agradar aos outros. Sempre escrevi o que eu quis, aquilo em que eu acreditava”.
Essa fala marcou.
Na posse de Godofredo de Oliveira Neto, em outubro na ABL, ela também palestrou dando as boas-vindas ao novo acadêmico.
A Oasys Cultural homenageia Nélida Piñon (1937-2022), cujo currículo não caberia aqui. Um grande abraço e um enorme beijo. Que você possa abençoar os escritores desde onde estiver, no Ceú.
Aconteceu
→ Prêmio LeYa de Literatura, que lançou Itamar Vieira Junior, já tem um vencedor para 2022. E o nome dele é Celso José da Costa, matemático brasileiro de 73 anos, levou o título e o valor de 50 mil euros, com o romance "A Arte de Driblar Destinos", sob o pseudónimo de Fagundes Andrade. Parabéns, Celso José!
Aconteceu por aqui
→ Estamos felizes com a conquista deste final de semana! José Castello e Mailson Furtado, escritores agenciados pela Oasys, estiveram presentes no FLIM: Festival Literário de Manaus. Eles conversaram com o público e ministraram oficinas. Confira:
→ O que fazer quando um livro te desafia? Valéria Martins, nossa agente literária, fala sobre sua própria experiência e o que ela faz nesses casos...
→ Falando em livros que desafiam… Confira nossa seleção de títulos que desafiam, mas valem a pena!
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Até o ano que vem!
Com carinho,
Valéria Martins | Agente Literária da Oasys Cultural