Proibição da família, falta apoio ou de alguém que diga: “seu trabalho é bom, siga em frente” são algumas das causas da síndrome do impostor que acomete escritores e profissionais, de modo geral, impedindo-os de acreditar em si e no que fazem, e em ultima instância, atrasando sua carreira ou a realização do seu sonho ou propósito de vida. É grave!
Falo de camarote porque não tive, do meu pai, jornalista de sucesso, diretor de redação da lendária revista Manchete, qualquer incentivo para seguir o mesmo caminho que ele. Eu o entendo: foi um dos poucos que ganhou dinheiro com a profissão e dizia: “vá estudar informática. Ou economia”. Mas eu detestava matemática! Sem muitas opções, me preparei para medicina. Às vésperas do vestibular meu pai faleceu de um câncer fulminante. Sem pensar, mudei minha opção para o jornalismo – e não me arrependo. Minha intenção era me manter escrevendo e, de fato, consegui. Mas até acreditar em mim e ousar fazer o que queria... Precisei de muita terapia.
Sim, recomendo terapia aos escritores que não conseguem acreditar em si e ficam dando voltas no mesmo lugar. É preciso andar para frente e para cima. Terapia ajuda. Constelação famíliar também.
A vida é uma só e, por incrível para pareça, passa rápido. Precisamos aproveitar a chance de fazer o que queremos e nos entregar ao que realmente faz nosso coração vibrar de alegria. Limpe a área, faça o trabalho (interior) necessário e avante!
Chamadas de originais
Oasys Cultural tem o compromisso de se manter atualizada sobre o mercado e informar os escritores das boas oportunidades. Selecionamos algumas editoras com chamadas de originais em aberto. São conhecidas da Oasys e fazem um bom trabalho. Clique na imagem abaixo e confira:
A bancada da livraria
O que acontece na bancada da livraria, a ponta da cadeia do livro que todo escritor deseja atingir: esse é o tema da conversa com José Luiz Tahan, escritor, editor e livreiro à frente da Realejo Livros (Santos/SP), realizador da Tarrafa Literária (outubro), evento consolidado que esse ano homenageará Pedro Bandeira.
Vale a pena ouvir o papo e conhecer “Um intrépido livreiro nos trópicos” (Ed. Realejo Livros e Edições, 2023, R$ 70,00), reunião de crônicas que revela como o leitor se comporta, o que pensa e o que quer, ao pisar em uma livraria.
Pagu
A escritora, jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, cartunista e crítica cultural Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu, será a autora homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2023 (22 a 26 de novembro).
Pagu atuou nos movimentos modernista e feminista e se dedicou ao ativismo contra o fascismo. Teve destacada atuação na imprensa, tendo participado de diversas publicações como Brás Jornal, Revista da Antropofagia, A plateia, A vanguarda socialista, France-Presse, Suplemento Literário do Jornal Diário de São Paulo, Fanfulla e A tribuna. Pagu publicou os romances “Parque industrial” (1933), com o pseudônimo de Mara Lobo por orientação do partido comunista, e “A famosa revista” (1945) em colaboração com Geraldo Ferraz. Pelo pseudônimo King Shelter, lançou diversos contos policiais, reunidos posteriormente no volume “Safra macabra”.
Para o teatro, traduziu grandes autores, muitos deles até então inéditos no Brasil, como James Joyce, Eugène Ionesco, Fernando Arrabal e Octavio Paz.
A Festa Literária Internacional de Paraty ocorre de 22 a 26 de novembro.
Escritores da Oasys
Conheça Vanessa Malagó e seu romance de estreia “Torrente”:
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Até a próxima!
Com carinho,
Valéria Martins | Agente Literária da Oasys Cultural
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